O poder da música no cérebro humano

Há pelos menos 43 mil anos, desde as flautas feitas de ossos de mamute, a música é encontrada em todas as culturas que já foram estudadas e reconhecida como parte inerente do ser humano.
Pela história, universalidade e sua popularidade, pesquisadores na área presumiam que o cérebro humano possa ser equipado com uma “câmara musical”, que fica no córtex do cérebro e responsável pela detecção e interpretação dos sinais sonoros.
Ao longo do tempo, foi descobrindo que era muito mais que apenas uma câmara musical, a música é capaz de criar explosões cerebrais, mas boas explosões. A atividade cerebral é tão intensa que o comportamento é mais parecido com treino corporal completo.
Neurocientistas tem monitorado em tempo real o cérebro de pessoas que ouvem e que tocam algum instrumento musical e a diferença é notória. Analisadas através de ressonância magnética, foram observadas estas explosões cerebrais. Isso acontece por que diversas áreas do seu cérebro acendem simultaneamente enquanto o som é processado e separado em três etapas: percepção musical, reconhecimento e emoção.
Cada área do córtex é responsável por uma etapa deste processo. O córtex auditivo primário fica com a percepção musical, enquanto o córtex primário fica com reconhecimento e o cerebelo pela emoção.
Todo este trabalho acontece em questão de segundos, e há diferenças entre ouvintes e instrumentistas, mas que chegam a mesma conclusão. O cérebro é envolvido em atividades consideradas interessantes, levando a atividade cerebral ao máximo desempenho, especialmente com instrumentistas.
Quando tocamos, a velocidade e volume do “Corpus Callosum”, a ponte entre os hemisférios que existem no cérebro é elevada, permitindo uma melhor troca de informações entre si.
A velocidade no processamento desta troca de informações é surpreendentemente muito rápida em sequências complexas e inter-relacionadas entre si.
O resultado é a resolução de problemas com mais eficiência e criatividade. A memória cognitiva é ativada e a capacidade de armazenamento a longo prazo aumenta consideravelmente. Outros efeitos da música no cérebro é o aumento do nível de paciência, trabalho em equipe e facilidade na resolução de contas matemáticas e problemas de resolução lógica.
Essa prática que produz uma forte atividade cerebral permite aplicar estes conceitos em várias outras atividades (jogos, resolução de situações-problema, atividades físicas, entre outros).
Diante da importância da música para o cérebro, surgiu a musicoterapia. Uma forma de tratamento baseado na execução de músicas leves, relaxantes e que tenham ligação afetiva com o paciente. A musicoterapia tem sido utilizada para pacientes que tenham Alzheimer e seus resultados práticos são animadores. O aumento da capacidade de memorização é percebido a partir do uso de composições musicais no tratamento, desenvolvendo a compreensão do que está sendo tocado e o que lhe remete, trazendo memórias que ficaram perdidas devido a doença.
O poder da música sobre o cérebro é um fato que a cada dia vai ganhando novas descobertas, mas que crava a força e importância que possui na vida dos seres humanos.
E você, já ouviu música e ativou seu cérebro através das notas musicais hoje?